Fotografia de uma cena do espetáculo de variedades « Ecos do Passado» na Casa do Povo de Alcochete em 1987-Fotografias de Clara Piqueira

Fotografia de uma cena do espetáculo de variedades « Ecos do Passado» na Casa do Povo de Alcochete em 1987-Fotografias de Clara Piqueira

Grupo Cénico do Centro Paroquial Padre Cruz-2

Reviver o passado em Ecos do Passado.

O Grupo Cénico do Centro Paroquial Padre Cruz manteve a sua actividade durante vários anos e a sua formação esteve sempre ligada ao poeta Dr. José Grilo Evangelista, encenador do grupo entre os anos 40 e 50. Durante estes anos, vários actores e actrizes do Grupo Cénico do Centro Paroquial Padre Cruz representaram peças originais do seu encenador e também do dramaturgo Júlio Dantas. Era um trabalho de equipa que juntava várias vontades e que culminava na apresentação de vários espectáculos em récitas de beneficência a favor do Centro Paroquial.

O palco do Salão de Festas do Grupo Desportivo Alcochetense que se situava no Moizém ,espaço teatral onde praticamente todas as peças eram apresentadas ao público de Alcochete, acolheu nomes como Emília Nunes, Elsa Penetra, Cândida Brigue, Maria Salvação, Ana Seixal, Maria Cruz, Maria Jacinta Martins, António Grilo Evangelista, Mário Machado Nunes, Francisco Júnior, António D'Anica, Alfredo Canário, Jorge Arroz, Manuel Oliveira, Joaquim Coutinho, Miguel D'Anica, entre outros. Estes representavam monólogos, duetos, operetas, episódios dramáticos e peças de teatro tão ao gosto da época e sempre com encenação do Dr. José Grilo Evangelista.

Após a saída do Dr. José Grilo Evangelista, que foi o responsável pelo grupo até aproximadamente ao ano de 1953, com a reposição da Opereta Juramento de Lena, da autoria do seu pai, iniciou-se uma nova fase tendo agora como encenador Mário Machado Nunes, durante os anos 60 a 80, privilegiando-se como género teatral a comédia e destacando-se a peça de teatro Uns comem os figos, outros rebentam-lhe a boca e a revista à portuguesa Ecos do Passado.

Este último trabalho, que teve não só como encenador Mário Nunes, mas também Maria da Piedade Policarpo, responsável pela coreografia de todas as danças apresentadas no espectáculo Ecos do Passado, nasceu da vontade de Maria Jacinta Martins e de Mário Machado Nunes. Estes quiseram, como se dizia no texto, da autoria de Maria do Carmo Cândido Lavrado, lido na abertura do espectáculo, relembrar os artistas do passado que interpretaram com êxito e tornaram imortais todos os números que se vão presenciar.

O espectáculo Ecos do Passado composto por duas partes, teve a duração de 2h:30m e estreou na Casa do Povo de Alcochete, no dia 17 de Outubro de 1987. A primeira parte iniciou-se com um Prólogo de Maria do Carmo Cândido Lavrado de enaltecimento aos artistas do passado e abriu o pano com uma coreografia da canção As Camélias da autoria de Raul Ferrão.

Durante todo o espectáculo, vários quadros foram apresentados, como rábulas, monólogos, duetos, canções e danças coreografadas, sempre lembrando vários artistas. Entre vários, destacamos Beatriz Costa, representada por Clara Piqueira, e Vasco Santana, representado por António (Tó) Calado; poetas como Ary dos Santos com a canção O Cacilheiro cantado por Armando Paixão, ou o Dr. José Grilo Evangelista com o poema Forcado, declamado por Mário Nunes. Ou ainda os compositores Frederico de Freitas com a canção o Tímpanas, coreografada por Maria da Piedade Policarpo, os compositores Alves Coelho e Silva Tavares com Giestas, cantada por Gertrudes Madruga, a Lira de Adriano Correia de Oliveira, cantada pelo professor Pimentel e Gertrudes Madruga, a Guerra dos Meninos de Roberto Carlos, cantada mais uma vez por Clara Piqueira. O acompanhamento musical foi feito por alguns elementos da Banda Filarmónica da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 e dirigida por António Francisco Rei Menino.

Durante o espectáculo, havia dois cenários, ambos pintados por Mário Nunes. Um dos cenários representava um paisagem campestre e o outro o rio Tejo com o Mar da Palha e os cacilheiros. O guarda-roupa foi da inteira responsabilidade de Maria Jacinta Martins que também foi responsável por toda a parte burocrática.

O sucesso foi tão grande que o espectáculo foi representado mais de cinco vezes na Casa do Povo de Alcochete, sempre com casa cheia, tendo assistido cerca de 1400 pessoas. A pedido da Paróquia da Ericeira, o espectáculo foi apresentado no centro Paroquial da Ericeira, também com muito sucesso.

 Trabalho de investigação de  Carlos Soares,  para o Jornal de Alcochete.

Fontes: Dª. Maria do Carmo Cândido Lavrado, Dª. Emília da Conceição Machado Nunes , Dª Clara Piqueira e o Dr. António Carlos da Cruz Grilo Evangelista.

Coreografia de Maria da Piedade Policarpo e figurinos  e concepção do guarda-roupa de Jacinta Martins- Canção Tímpanas  da autoria de Julio Dantas e Frederico Valério (Da esquerda para a direita) Susana Calado, Fátima Maduro, Hélia Labreco, Florência Caninhas, Teresa Carvalho, Ana Margarida Pinto e Carminda Piqueira.

Coreografia de Maria da Piedade Policarpo e figurinos e concepção do guarda-roupa de Jacinta Martins- Canção Tímpanas da autoria de Julio Dantas e Frederico Valério (Da esquerda para a direita) Susana Calado, Fátima Maduro, Hélia Labreco, Florência Caninhas, Teresa Carvalho, Ana Margarida Pinto e Carminda Piqueira.

Coreografia de Maria da Piedade Policarpo e figurinos e concepção do guarda-roupa de Maria  Jacinta Martins- Canção Camélias da autoria de Xavier de Magalhães e Raul Ferrão cantada por (da esquerda para a direita) Susana Calado,Mónica Silva, Ana Pinto, Hélia Labreco, Ana Margarida Chagas, Teresa carvalho, Florência Caninhas, Elsa Maia e Fátima Maduro. Em baixo músicos da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro 1898(A Furiosa).

Coreografia de Maria da Piedade Policarpo e figurinos e concepção do guarda-roupa de Maria Jacinta Martins- Canção Camélias da autoria de Xavier de Magalhães e Raul Ferrão cantada por (da esquerda para a direita) Susana Calado,Mónica Silva, Ana Pinto, Hélia Labreco, Ana Margarida Chagas, Teresa carvalho, Florência Caninhas, Elsa Maia e Fátima Maduro. Em baixo músicos da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro 1898(A Furiosa).

Clara Piqueira a cantar  Guerra dos Meninos de Roberto Carlos

Clara Piqueira a cantar Guerra dos Meninos de Roberto Carlos

O fim do espectáculo com todos os participantes a cantar  Aleluia Deus Está de Kobi Oshrat , canção  israelita que ganhou o Festival da Eurovisão de 1979. Cantam (da esquerda para a direita) Hélia Labreco, Olga, Carminda Piqueira, Fátima Maduro, Rita Chagas, Caetano Chefe, Maria do Rosário, Luís Canastreiro, Lurdes Barrinha, Olga Chefe,  Prof. Pimentel, Gertrudes Madruga, Marta Pinto, Micaela, Elisa Balegas.

O fim do espectáculo com todos os participantes a cantar Aleluia Deus Está de Kobi Oshrat , canção israelita que ganhou o Festival da Eurovisão de 1979. Cantam (da esquerda para a direita) Hélia Labreco, Olga, Carminda Piqueira, Fátima Maduro, Rita Chagas, Caetano Chefe, Maria do Rosário, Luís Canastreiro, Lurdes Barrinha, Olga Chefe, Prof. Pimentel, Gertrudes Madruga, Marta Pinto, Micaela, Elisa Balegas.

Comentários mais recentes

01.09 | 14:24

Está foi segunda entrevista feita a um antigo salieneiro. A primeira entrevista foi feita em 1994 ao salineiro Anibal Figueiredo.Foi esta entrevista que me fez pesquisar sobre a luta destes salineiros

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